segunda-feira, 7 de julho de 2025

Refining Escape



 


    Tabletop RPGs have been a part of my life for quite some time. I can’t pinpoint exactly when I first became interested in the subject—perhaps it came along with fantasy books or my earliest fantasy video games. What I do know for sure is that ever since I learned the basic premise of the hobby (a group of friends crafting fiction together) I’ve been deeply enchanted by it. It couldn’t be different, since fiction has always been my favorite subject for as long as I can remember: any moment was a good time to escape this world. I’ve been realizing that growing up doesn’t mean giving up this escape, nor denying its necessity, but rather refining its practice.

    Role-playing games are a way to heighten the delight of this escape and, more than that, elevate it to the level of an artistic practice. And here, I use the word "art" without reservation, because I still sense that there’s an overly sacred aura surrounding the concept of art these days, as if ordinary people couldn’t create it. When I refer to art, I mean the Latin sense of the word, ars, which signifies skill, practical making, within reach of anyone who seeks it and, of course, actually does it. It’s not about mastery, of course—that truly belongs to very, very few among those who actually pursue it.

    In recent years, I’ve dedicated myself more to RPGs not just as a hobby, but as an art. These games, which are so dear to me, have helped me greatly in developing my poetry—specifically my fiction, which I’ve always found very troublesome to write. Countless times, I’ve sat in front of the computer screen or over a blank page with many ideas for many stories, and though I started plenty of them, I never finished a single one. Realizing this always left me with a very unpleasant feeling. Now, as I write my adventure logs and plan scenes, maps, and entire narrative threads, the poetic act of fiction has regained the joy that seemed to have vanished. Not only am I finishing stories, but I’m imagining many more as I create them!

    Everything is going so well that I can already see publications on the near horizon—not as grandiose achievements, but simply as natural steps along the way. I’m not just talking about novels or short stories, but also RPG supplements, rulebooks, and even original systems. At times like these, I feel proud to have married a visual artist!

    Well, this was supposed to be an introductory post to talk about what I intend to share here: I’m deep into a solo Cairn campaign, a very interesting story about two young people who want to leave their villages to become the adventurers they’ve always dreamed of being. There’s also a delightful Root adventure (yes, theboard game also has an RPG system) that I’m playing with my wife and sister-in-law (who’s more like a younger sister, really). I’m particularly excited about Root—it’s an incredibly fun system, ideal for kids, with very unique mechanics. I also want to explore The One Ring’s Strider Mode before winter ends, and when the spirits of Halloween start whispering, I’d like to put together something involving Call of Cthulhu or dive into one of the current crazes, MÖRK BORG.

    That’s a lot. Meanwhile, the world keeps turning, and maybe I’ll escape without even telling you.

    Take care. May Our Lord protect you, and until next time.

 


Refinando o escape






      

    O RPG de mesa já me acompanha há algum tempo. Não sei precisar exatamente quando comecei a me interessar pelo assunto, talvez tenha chegado junto com os livros de fantasia ou com os primeiros jogos de videogame. O que tenho bem claro a respeito dele é que desde que eu conheci o princípio básico do hobby (um grupo de amigos compondo uma ficção de maneira coletiva) isso me encantou de maneira profunda. Não poderia ser diferente, pois as ficções sempre foram meu assunto favorito desde que me entendo por gente: qualquer momento era adequado para escapar deste mundo. Amadurecer, venho descobrindo, não consiste em suspender este escape, tampouco negar sua necessidade, mas sim refinar sua prática.

    Os jogos de interpretação, como muito bem poderíamos traduzir para nossa língua, são uma maneira de aprimorar o enlevo deste escape e mais do que isso: pode alçá-lo a um nível de prática artística - e aqui emprego o conceito sem nenhuma restrição no uso da palavra, pois ainda percebo que resta uma aura sagrada demais sobre a concepção da arte nos dias de hoje, como se pessoas comuns não pudessem fazê-la. Quando me refiro a arte busco o sentido latino da palavra, ars,  que significa a habilidade, o fazer prático, ao alcance de todos que buscam e, obviamente, fazem. Não se trata, é claro, de maestria - esta de fato cabe à muito pouquíssimos entre os poucos que a buscam. 

    Nos últimos anos tenho me dedicado mais ao RPG como hobby, mas também como arte: estes jogos que me são tão caros têm me ajudado muito para desenvolver minha poesia, especificamente minha ficção, o que sempre julguei algo muito problemático de desenvolver. Inúmeras vezes sentei diante da tela do computador ou em frente uma página de papel com muitas ideias para muitas histórias e embora começasse muitas delas jamais terminava coisa alguma e ao perceber isso a sensação era muito desagradável. Agora que escrevo meus diários de aventura e planejo cenas, mapas e linhas narrativas inteiras toda a atividade poética da ficção  retomou a alegria que parecia ter sumido. Não só estou concluindo histórias como estou imaginando muitas outras, na medida em que as crio!

    Tudo anda tão bem que já vislumbro publicações no horizonte próximo, não como coisas exageradas mas simplesmente como coisas naturais no caminho. Não me refiro apenas a romances ou contos, mas também suplementos de rpg, livros de regras e até sistemas originais. Nestas horas é que me sinto orgulhoso de ter me casado com uma artista plástica!

    Bem, este era para ser um post de introdução para falar do que pretendo colocar por aqui: estou avançado em uma campanha solo de Cairn, uma história muito interessante de dois jovens que querem sair de seus vilarejos para se tornarem os aventureiros que tanto almejam ser; e também uma adorável aventura de Root (sim, o boardgame também tem um sistema de rpg) que estou jogando com minha esposa e minha cunhada (que é como uma irmã mais nova na verdade). Estou particularmente animado com Root, é um sistema divertidíssimo, ideal para crianças e com uma mecânica bem diferente. Ainda quero explorar o Strider Mode de One Ring antes que o inverno acabe e quando os espíritos do Halloween começarem a sussurrar quero montar algo envolvendo Call of Cathulhu ou explorar uma das febres do momento, MÖRK BORG

É muita coisa. Enquanto isso o mundo acontece e talvez eu escape e nem avise vocês. 

Cuidem-se. Que Nosso Senhor vos proteja e até a próxima. 


 


Refining Escape

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